Como gerenciar sua operação de TI em um mundo digital?

Como gerenciar sua operação de TI em um mundo digital?

* Por Rodrigo Pementa 

A transformação digital é o conceito do momento. Embora muito comentada por executivos e profissionais de TI, são poucas
as empresas que, de fato, são totalmente digitais. É um engano pensar que temos que nos preparar para esta transformação como se fosse algo que tivesse uma data certa para chegar, pois ela já acontece. O que algumas organizações ainda não compreenderam, ou talvez não queiram perceber, é que sua indústria ainda não foi afetada, mas será em breve. E essa mudança pode vir de um concorrente que não seja do mesmo mercado ou que ainda nem exista.  Mas afinal, o que é transformação digital? Não é simplesmente ter um app no smartphone ou mover todos os seus dados para a nuvem.  A transformação digital é uma mudança de mentalidade, onde a TI não é mais uma área de apoio e, sim, o cerne da empresa.

Neste cenário, o nível executivo de TI fica em uma encruzilhada, onde a área deve manter seus serviços antigos em funcionamento e sendo atualizados mas,  por outro lado, precisa ser leve, flexível e rápida, para entregar novos serviços em plataformas e formatos diferenciados. Este é o modelo bimodal – duas TIs com objetivos e resultados diferentes. E como a empresa terá duas equipes e dois ambientes produtivos? Os desafios já não são suficientemente grandes para apenas uma TI? Talvez, agora, a transformação digital não pareça assim tão fácil. 

O caminho para as operações de TI suportarem a transformação digital é garantir que algumas capacidades básicas sejam colocadas em prática, como interatividade e facilidade de uso para os clientes e funcionários, por exemplo. Afinal, eles utilizam aplicativos ‘Google-like’ que respondem perguntas e interagem utilizando o comportamento e a localização. Ao mesmo tempo, outra capacidade fundamental é atuar em ambientes heterogêneos, utilizando o que há de melhor em cada um deles, como por exemplo, a escalabilidade das nuvens públicas tais quais Amazon (AWS) e Microsoft (Azure), sem perder os investimentos no ambiente privado (físico e virtual).  Obviamente, existem capacidades que hoje são praticadas em silos e, a partir de agora, terão que cobrir todo o ciclo de vida dos serviços de negócios, como o gerenciamento de serviços de TI (ITSM) e de segurança e conformidade. Estas capacidades devem atender aquelas duas TIs e responder adequadamente aos seus requisitos.

Todas essas questões só podem ser facilitadas com o uso sistemático e estruturado de automação, que não se atenha a um produto ou fabricante, mas que permita o atendimento da TI em suas operações diárias e pense nas inovações do futuro. Este processo de automação irá amadurecer à medida que o mercado mudar e novos desafios forem encontrados, mas sempre melhorando. E irá, também, permitir que diversas destas capacidades se integrem e atuem como um sistema inteligente e autônomo, quando possível. Pode parecer surreal, mas é o que várias empresas estão colocando em prática. Ao invés de gastar horas em salas de crise, elas estão implantando sistemas que identificam, priorizam e, em alguns casos, autor-remediam seus ambientes.

A empresa que pensa como cliente e automatiza seus processos não lucra apenas ao oferecer confiança, custo, credibilidade e segurança diferenciados; ela ganha também ao obter fidelização, capacidade de gerenciar mais usuários e expandir seus serviços para novos mercados. Tudo isso feito por meio de tecnologias já disponíveis e com base na infraestrutura tecnológica das companhias – importantes atalhos para a transformação digital.

* Por Rodrigo Pementa, diretor de pré-vendas para América Latina da BMC

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